Como demonstra Oluwatosin Tolulope Ajidahun (também conhecido como Tosyn Lopes), alterações hormonais podem dificultar a gravidez de diversas maneiras, especialmente quando afetam o funcionamento normal do sistema reprodutor feminino. O equilíbrio hormonal é essencial para a ovulação, a preparação do útero e a manutenção da gestação. Quando há desequilíbrios como a hiperprolactinemia ou disfunções da tireoide, o ciclo reprodutivo pode ser comprometido, reduzindo as chances de concepção.
Entre os principais hormônios envolvidos na fertilidade estão a prolactina, o FSH, o LH, os estrogênios, a progesterona e os hormônios tireoidianos. Alterações em qualquer um desses elementos podem interferir no amadurecimento dos óvulos, na liberação pelo ovário ou mesmo na receptividade do endométrio. Neste artigo, exploramos como essas disfunções hormonais afetam a fertilidade feminina, quais são os sinais de alerta e como buscar orientação médica adequada. Confira, a seguir!
Como a prolactina em excesso pode afetar a ovulação?
A hiperprolactinemia é uma condição caracterizada pela produção excessiva de prolactina, hormônio responsável principalmente pela lactação. Quando seus níveis estão elevados em mulheres que não estão grávidas ou amamentando, pode haver inibição do eixo hormonal que regula a ovulação. De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a prolactina alta pode bloquear a liberação do hormônio luteinizante (LH), essencial para a liberação do óvulo.
Além disso, a hiperprolactinemia pode causar ciclos menstruais irregulares ou ausência completa da menstruação (amenorreia), dificultando a previsão do período fértil e, consequentemente, a concepção. Em muitos casos, essa alteração é provocada por tumores benignos na hipófise (prolactinomas), uso de medicamentos ou distúrbios da tireoide. O tratamento adequado pode incluir medicamentos específicos que reduzem os níveis de prolactina e restauram a fertilidade.

Quais os impactos do hipotireoidismo e hipertireoidismo na fertilidade?
Os hormônios da tireoide também desempenham um papel fundamental na regulação do ciclo menstrual e na saúde reprodutiva. No caso do hipotireoidismo, há uma produção insuficiente de hormônios tireoidianos, o que pode levar à anovulação (ausência de ovulação), aumento da prolactina e ciclos menstruais irregulares. Essa disfunção pode passar despercebida por anos, prejudicando as tentativas de engravidar.
Já o hipertireoidismo, caracterizado pelo excesso de hormônios tireoidianos, pode provocar ciclos menstruais curtos, fluxo menstrual reduzido ou até infertilidade. Mulheres com essa condição podem apresentar sintomas como ansiedade, perda de peso e palpitações. Conforme Tosyn Lopes, o equilíbrio hormonal da tireoide é essencial para a implantação do embrião e para a manutenção da gravidez nas primeiras semanas. Diagnosticar e tratar essas condições com acompanhamento médico é um passo indispensável.
Quando desconfiar que alterações hormonais estão dificultando a gravidez?
Ciclos menstruais muito irregulares, ausência de ovulação detectada por testes de fertilidade ou sintomas persistentes como fadiga, alterações de humor e mudanças no peso corporal podem ser sinais de desequilíbrios hormonais. De acordo com Tosyn Lopes, essas manifestações devem ser investigadas precocemente, especialmente quando o casal tenta engravidar por mais de 12 meses sem sucesso (ou 6 meses no caso de mulheres acima de 35 anos).
Além dos sintomas clínicos, exames laboratoriais são fundamentais para avaliar os níveis hormonais e identificar possíveis disfunções. A dosagem de TSH, T4 livre, prolactina, FSH, LH e progesterona em fases específicas do ciclo pode revelar problemas que interferem na fertilidade. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem restaurar o equilíbrio hormonal e aumentar significativamente as chances de gravidez.
As alterações hormonais representam uma das principais causas de dificuldade para engravidar, sendo muitas vezes silenciosas ou confundidas com outras condições. Desequilíbrios na prolactina e nos hormônios da tireoide afetam diretamente o ciclo ovulatório, o que pode atrasar ou impedir a concepção. Conforme Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a chave para superar esses obstáculos está no diagnóstico preciso e na abordagem terapêutica personalizada.
O acompanhamento médico, aliado a hábitos de vida saudáveis, pode restabelecer o equilíbrio hormonal e facilitar o caminho para a maternidade. As mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar devem considerar uma avaliação hormonal completa como parte da investigação de infertilidade. Cuidar da saúde hormonal é cuidar da fertilidade — e também da qualidade de vida como um todo.
Autor: Hahn Scherer